por Ellen Rossi
A alta miopia, classificada acima de 5 graus de miopia, vai muito além de uma dificuldade acentuada para enxergar de longe. Trata-se de uma condição que aumenta significativamente os riscos de desenvolvimento de doenças oculares graves, exigindo atenção redobrada com a saúde visual.
Uma das principais complicações é o descolamento da retina. Na alta miopia, o globo ocular apresenta um alongamento excessivo, o que deixa a retina mais fina e frágil. Essa condição facilita o surgimento de rupturas, podendo evoluir para o descolamento. Sem tratamento rápido, o quadro pode levar à perda irreversível da visão.
Além disso, há uma forte relação entre alta miopia e glaucoma, doença silenciosa que danifica progressivamente o nervo óptico. Em indivíduos míopes, as alterações anatômicas do olho favorecem o aumento da pressão intraocular, um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma.
Outro problema frequentemente associado a alta miopia é a degeneração macular miópica, que compromete a visão central devido ao desgaste da mácula, região responsável pela nitidez das imagens.
Por isso, quem tem alta miopia deve manter um acompanhamento oftalmológico rigoroso. Exames periódicos, como o mapeamento de retina e a medição da pressão intraocular, são essenciais para a detecção precoce de alterações visuais e a prevenção de complicações irreversíveis.
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